Periculum dicendi non recuso.^[1]

— Cicero

La vérité, toute la vérité, rien que la vérité.
— Droit Criminel^[2]

Os meus honrados colegas do jornalismo, e todos esses grandes publicistas que fatigam o céu e a terra para provar que esta em que estamos é a verdadeira época de transição, esses nos dirão se a Providência andaria bem ou mal se hoje suscitasse um novo Timon da verdadeira raça das fúrias, que com as pontas viperinas do azorrague vingador lacerasse sem piedade os crimes e os vícios que a desonram.
— João Francisco Lisboa, Jornal de Timon^[3]. Prospecto. Obras completas, vol. 1, p. 12.

Un Oyseau qui se nomme cigale estoit en un figuier, et François tendit sa main et appella celluy oyseau, et tantost il obeyt et vint sur sa main. Et il lui deist: Chante, ma seur, et loue nostre Seigneur. Et adoncques chanta incontinent, et ne s’en alla devant quelle eust congé.^[4]
— Jacques de Voragine, La Légende Dorée. Traduction française.

1. Exponho-me ao risco de falar.

2. A verdade, toda a verdade, nada mais que a verdade. (Direito Criminal).

3. O Jornal de timon, fundado e redigido pelo jornalista e historiador João Francisco Lisboa, foi lançado em São Luís (MA) em 25 de junho de 1852. O periódico abordou história política do Maranhão e de países europeus, ao longo história. Emprestando o nome do filósofo grego conhecido por sua misantropia (Timon), João Lisboa acabou assumindo a alcunha de “o Timon Maranhense” e entrou para a história intelectual brasileira como o patrono da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O Jornal de Timon trazia na página de rosto a epígrafe “Periculum dicendi non recuso”, frase do filósofo romano Cícero, que Aluísio Azevedo também usou em O Cortiço.

4. Estava uma cigarra pousada numa figueira, quando Francisco estendeu sua mão e a chamou. Ela obedeceu e veio. Francisco, então, disse à cigarra: canta, minha irmã, e louva nosso Senhor. O bichinho cantou em seguida e só foi embora depois de ser liberado (Jacques de Voragine, Vida dos santos)